E se meu Fusca falasse? é o título de um sucesso do cinema que já provocou a imaginação de muita gente. O escritor e empresário lourenciano Rodrigo Seefeldt que o diga. Proprietário de um fusquinha amarelo 1971, ele também já se questionou dessa forma ao lembrar das aventuras e desventuras a bordo desse ícone em forma de veículo. Mas em sua obra de estreia ele vai além e imagina o modelo dando sua versão dos fatos. "E se o meu Fusca escrevesse?" A resposta chega nas próximas semanas ao público leitor em As aventuras do Fusca Amadinho _ Novos caminhos da vida (Editora Pragmatha). O livro, em fase final de edição, está em pré-venda com o próprio Seefeldt.

Autor associado ao Centro de Escritores Lourencianos, Seefeldt conta que o livro é um sonho anterior à sua entrada no CEL. O desejo de contar, de forma leve e divertida, um pouco da experiência de ter um Fusca teve início logo depois da compra do modelo, em 2015. O veículo chegou na casa do autor com uma surpresinha de arrepiar: alguns posseiros roedores. "Eu queria eternizar essa minha história com o Fusca. Comprei em cinco vezes de R$200,00 e ele se tornou o carro da nossa família: meu, da Aline, minha esposa e da nossa filha, a Maria Flor."

Na primeira oficina de contos que participou no CEL, o escritor começou a ver o sonho concretizado. "Naquele momento eu disse tá: o Amadinho (nome dado pela família ao veículo) agora pode ter um livro", relembra


Em primeira pessoa

O livro, que sairá na versão pocket, é escrito na primeira pessoa como se fosse o próprio veículo que estivesse escrevendo suas memórias. "É a visão dele sobre a chegada na nossa família, a visão dele na relação comigo, com a minha esposa, com a minha filha e com os nossos amigos", relata o autor. O Fusca até confessa seu parecer quando os Seefeldt compraram uma Kombi.

O escritor aparece, mas só no final quando faz a sua declaração de amor ao Amadinho. "Quem tem o protagonismo é o 'fuca'. É um livro diferente, não fala de viagens, de peças, ele aborda de uma forma engraçada essa relação", antecipa Seefeldt.

O autor diz que a obra foi bastante debatida no próprio CEL, onde ela começou a ser gestada. Foi lá que ouviu palavras de apoio à ideia de personificar o automóvel. Segundo os confrades, o relato está convincente e leva o leitor a imaginar que a história é de uma pessoa que foi adotada. Até a editora está divulgando a obra como se Seefeldt fosse o ghost writer de Amadinho.

A obra passou por revisão recente e a expectativa do escritor é de que o lançamento ocorra no início de maio. "Ele está todo pronto, revisado, com as fotos, algumas em estilo animação (fotos com filtros). Também estamos pensando em fazer em formato digital. É um sonho para nós. Confesso que a gente já se emocionou diversas vezes quando viu ele (o livro)", fala o autor.

Pré-venda

Enquanto espera pela chegada do livro físico, Seefeldt prepara o lançamento da pré-venda, que disponibilizará aos leitores combos com ítens de colecionador. Quem quiser fazer reservas, o autor aceita encomendas pelo whatsapp (53)98467-8816.